sexta-feira, 3 de julho de 2009

CENTROS BUSCAM VALORIZAR AS TRADIÇÕES GAÚCHAS

Centros buscam valorizar as tradições gaúchas


Desafio é levar cultura do RS à população o ano inteiro e não só em setembro
Valorizar as tradições gaúchas 365 dias por ano é o desafio dos museus farroupilhas e dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) no Estado. Enquanto a grande maioria da população festeja apenas a Revolução Farroupilha em setembro, os CTGs trabalham diariamente para divulgar costumes do gaúcho, promovendo bailes e cursos. Já os museus, com apoio do governo e da população, lutam para manter vivas as tradições por meio da preservação de peças e itens que eram utilizados nos anos da guerra.
Segundo o presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Oscar Gress, a falta de recursos é a maior dificuldade na promoção da cultura gaúcha. Nos últimos anos,o movimento cresceu, mas para ampliar as ações é necessário recurso.
Existem hoje no RS cerca de 1.500 centros e outros 1.500 espalhados pelo país. Outro desafio, diz Gress, é garantir a inclusão da comunidade, especialmente os mais jovens. "O CTG, assim como o movimento tradicionalista, é uma grande família. Pessoas de 100 anos e crianças participam das atividades para manter hábitos gaúchos". De acordo com o patrão do CTG Aldeia dos Anjos, de Gravataí, Francisco Peretto, as dificuldades vêm aumentando. "Para divulgar as tradições, precisamos de dinheiro para os eventos dentro e fora do Estado. É um trabalho de integração que só poderá ser mantido com apoio da comunidade e do poder público", aponta.
Mais do que usar bombachas e roupas típicas, escutar músicas tradicionais ou fazer churrasco artesanal, essas ações são formas de conhecer a história. O presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, Manoelito Savaris, destaca que a celebração aos antepassados deve estar sempre presente. "Eles fizeram a história. Temos que nos orgulhar dela preservando e divulgando seus hábitos", diz.
Para a 1ª prenda do RS, Cristiane Greiwe Bortoluzzi, o principal desafio é quebrar a barreira com os jovens e transmitir a eles as tradições. "Isto deve ser feito por meio da informação", garante a prenda.

Fonte: Jornal Correio do Povo

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